domingo, 17 de outubro de 2010

"A verdade é revolucionária", já diziam as velhas alemãs

Para exibir a verdade, basta repetir o que já foi dito, dentro do menu daquelas escolhas que, curiosamente, já foram escolhidas. Contemplar a mim mesmo vender a minha voz. Publicidade. Senso comum. Opacidade aberta, desconfiança. Linhas do partido ou da empresa. Papel.

Para expressar uma verdade, é necessário antes de tudo ser verdadeiro, ser pessoalmente verdadeiro, implacavelmente verdadeiro, sensualmente verdadeiro. A nossa própria impressão ou experiência não admite compromisso, meia-voz, meia-mentiras, amenidades. Sermos transparentes, antes de tudo para nós mesmos, naquele momento.

Aqueles que são verdadeiros consigo mesmos, demonstram, comunicam a sua verdade e se fazem vulneráveis. Abrem-se, inclusive, para a crítica. Ao expressar a sua diferença criam condições para um diálogo entre iguais e para uma verdadeira comunidade.

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A pseudo-comunicação é fácil demais.