sexta-feira, 17 de julho de 2009

Honduras e o papel da mídia



Nossos barões da mídia são realmente muito espertos, ou, dependendo da perspectiva, previsíveis. Eles defendem seus iguais e desse modo, os privilégios de que desfrutam por aqui. Para fazê-lo, dispõem de uma imensa máquina de formação de opinião e verdadeira lavagem cerebral, que constrói concepções, opiniões e muitas vezes induzem ouvintes incautos a agirem de acordo com interesses que lhes são de todo alheios.


A última e mais impressionante travessura dos nossos compatriotas se relaciona a um país da América Central que poucas pessoas ouviram falar até pouco tempo atrás, em que se constatou que um presidente constitucionalmente eleito, havia sido deposto pelos militares locais e substituído pelo Presidente do Congresso, Roberto Micheletti.


O que impressiona é a capacidade de iniciativa e a verdadeira estratégia de guerra midiática que foi lançada contra Zelaya, por razões que permanecem obscuras para grande parte da população.


Ao golpe chamam de deposição, e, aos que protestaram contra o golpe e contra o estado de exceção, estão sendo assassinados e reprimidos brutalmente e a isso, chamam incidente. Ao mesmo tempo em que monopolizam a discussão sobre o golpe, cuidadosamente excluem qualquer análise mais aprofundada da situação, o que leva os espectadores a perceberem o golpe e a subseqüente ditadura como dadas.


Esquece-se a história de Honduras, esquecem-se os interesses por trás do golpe, esconde-se a impressionante resistência ao golpe contra um presidente eleito pelo povo, que dizem ser extremamente impopular. Não se comenta a criminosa omissão do Presidente dos USA, Barack Obama, que se recusa a falar com o presidente deposto, ao mesmo tempo em que se diz contra o golpe se recusa a agir contra os golpistas. Lembra-se somente, unicamente do “fato” (fabricado) de que Zelaya “queria a reeleição”, ou seja (?), seria um pretenso ditador.


Então estabelece-se no imaginário da imprensa um confronto entre as forças (vitoriosas) da democracia, representada por Roberto Micheletti, as forças armadas, os empresários e as instituições corruptas de Honduras; e a "ditadura" impopular de um presidente que foi eleito e que planejava, crime horrendo, fazer um plebiscito. Vê-se aí a grande capacidade de fabricar e inventar situações ao gosto do freguês, dos nossos barões e seus exércitos de publicitários.


Mas isso já era esperado. O que muda agora é que podemos, mais do que nunca antes, fazer algo a respeito. Os sites de informação alternativos já oferecem de fato uma alternativa. A guerra permanente dos grandes monopólios de informação contra qualquer tipo de mudança que não os favoreça pode-se declarar um contra guerra dos blogs pela mudança. A desinformação, responde-se com a denúncia e a verdade que vemos com nossos olhos e ouvidos. A internet, já se vê, é uma grande arma!



Já passou do tempo de usá-la.


Para conhecer melhor a situação em Honduras:

Honduras e Obama

James Petras analisa o golpe

Telesur - Única TV cobrindo a resistência

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domingo, 12 de julho de 2009

"Sonhar"

Se és incapaz de sonhar,
nasceste velho,
Se teu sonho te impede de agir conforme a realidade,
nasceste inútil
Se porém,
sabes transformar sonhos em realidade, e tocar a realidade com a luz de teu sonho
Então serás grande no teu mundo ,
e o mundo será grande em ti . . .

Fonte: Havaneiro

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