domingo, 18 de abril de 2010

Entre a revolução na poesia e a poesia da revolução


 Um trechinho inspirado e desviado por minha autoria sobre um cara que muito me interessa. Ele pode ter errado muito, mas acertou no essencial..

" O nome “Marighella” não indica somente uma pessoa, ele indica uma possibilidade existencial, uma maneira de estar-no-mundo, um poder de afirmação. Se ele foi tão perseguido, difamado e se tentaram jogá-lo debaixo do tapete da história como se viu é em parte por causa da teimosia com que a sua poesia, o seu exemplo, ainda tem o poder de inspirar as novas gerações. A prisão, o assassinato, o esquecimento e a transformação do homem em mito são alguns dos meios mais eficientes de tentar isolar dos outros seres humanos aquelas existências que são ardentes demais.
 
É essa possibilidade, esse fogo que tão facilmente se alastra, que eles tentaram matar quando mataram o corpo do nosso querido amigo e que eles tentaram esconder ou neutralizar com as suas histórias oficiais e mitificações. A possibilidade de uma vida autêntica, livre e consequentemente em guerra permanente contra a opressão. A possibilidade de que haja vida, enfim, se admitimos que o conformismo é a morte.

Marighella não teve tempo pra ter medo. E nós, será que temos? "

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A pseudo-comunicação é fácil demais.